Turismo Equestre

Atividade em ambientes naturais praticada com cavalos. A cavalgada é praticada em regiões de belezas naturais, combinando o prazer de cavalgar com o de apreciar o meio ambiente. É um passeio a cavalo em grupos, com destino a determinada localidade de beleza natural ou de importância histórico-cultural.

Equipamento Completo de Segurança

Selas, embocaduras, capacete, calça longa e calçado adequado. Os equipamentos devem sempre estar compatíveis com o cavaleiro.

Boa Prática 1

Evite cavalgar no asfalto. Devido às ferraduras, o piso pavimentado aumenta a chance de os cavalos escorregarem.

Boa Prática 2

Certifique-se de que o conjunto de montaria agradável ao cavalo. Caso contrário, além de feri-lo, poderá provocar reações inesperadas de susto ou de dor.

Boa Prática 3

Os condutores devem ter conhecimentos em primeiros socorros. E um plano de atendimento emergencial deve ser preparado previamente ao passeio.

Principais riscos da atividade
Cortes, arranhões, assaduras e queda do cavalo provocando óbito ou vários tipos de traumatismo.

Códigos de conduta

Usuário
O usuário deverá ter condições de segurança durante o passeio, não utilizando o mesmo trajeto de veículos automotores;
O prestador do serviço deve obter a autorização por escrito dos pais ou responsáveis no caso de usuários menores de 18 anos;
O cavaleiro deve ser informado sobre o caráter e comportamento do cavalo;
Deve ser dada a oportunidade para que o cavaleiro teste sua montaria antes do início do passeio.

Cavalo
Os prestadores de serviço devem observar as seguintes condições dos animais:
Os cavalos devem estar em boas condições de saúde;
Éguas em período de cio, estado avançado de gestação (mais de 8 meses) ou amamentando não devem ser utilizadas;
Os animais devem ter pelo menos 5 anos de idade e devem ser exercitados diariamente;
Animais machucados não devem ser utilizados;
Os animais deverão estar com as ferraduras em bom estado.

Equipamento
Deverão ser fornecidos os seguintes equipamentos:
Capacete;
Botas adequadas;
Sela e arreios compatíveis com a altura e idade do usuário e em bom estado de conservação.
Supervisão das atividades
Os passeios deverão ser acompanhados por supervisor, maior de 18 anos, e comprovadamente conhecedor da atividade;
O supervisor deve identificar as limitações do cavaleiro e ajustar as atividades para suas limitações;

Todos os usuários devem ser considerados iniciantes até prova em contrário;
O supervisor deve ter conhecimento profundo sobre seus animais a fim de identificar o cavalo certo para cada cavaleiro (tamanho, perfil, etc.);
Cada supervisor deve ser acompanhado por 2 monitores, sendo que um monitor deverá se posicionar na frente do grupo e outro atrás;
A quantidade de pessoas que serão acompanhadas por um supervisor depende do tipo de passeio oferecido, devendo ser previsto um máximo de 10 clientes por supervisor;
O supervisor deve preferencialmente ter conhecimento de atendimento emergencial.

Entenda-se como trilha o percurso a cumprir durante uma cavalgada, não importando se por estradas, campos, pastos ou flores.

  • Devem-se evitar pisos pavimentados (asfalto, concreto ou paralelepípedos), pois, estando ferrados, fica mais fácil de os cavalos escorregarem, além de as possíveis quedas serem mais arriscadas, devido ao rígido do piso.
  • A inclinação máxima não deverá ultrapassar os 30% (trinta por cento), seja de aclive ou declive para evitar possíveis escorregões que causam quedas em cavaleiros menos experientes.
  • A trilha não deverá seguir por estradas ou logradouros de grande tráfego, principalmente de caminhões, para que os animais não se assustem, fugindo ao controle dos cavaleiros.
  • Obstáculos como troncos, valas ou córregos deverão ser fáceis o suficiente para que os animais os ultrapassem ao passo, sem saltar, o que poderia derrubar cavaleiros sem aprendizado anterior.
  • Devem-se evitar obstáculos elevados como toldos, galhos de árvores, telhados que exigem que o cavaleiro abandone a posição ereta, pois isso pode ocasionar pancadas na cabeça e rosto com conseqüências imprevisíveis.
  • As passagens verticais como porteiras e mata-burros deverão ter largura para que qualquer cavaleiro ultrapasse confortavelmente montado, sem que suas pernas alcancem os obstáculos.
  • Devem-se evitar passeios por trilhas escorregadias ou em dias de chuva, especialmente quando houver risco de trovoadas e relâmpagos, pois estes podem assustar incontrolavelmente os cavalos.
  • Não se devem oferecer bebidas alcoólicas aos cavaleiros, antes e durante as cavalgadas, evitando o descontrole dos cavaleiros que poderão incitar indevidamente os animais, causando sérios acidentes.
  • Não se devem organizar passeios por locais desconhecidos pelos instrutores ou acompanhantes, sendo prudente contar com carro de apoio para percursos que se afastem por mais de 5km de seu ponto de partida.

  • Devem-se evitar machos inteiros (não castrados), pois são de mais difícil controle, recomendando-se fortemente que a castração tenha ocorrido há pelo menos um ano.
  • Se éguas forem escolhidas, não deverão estar no cio, pois, embora cercadas de castrados, podem atrair animais alheios à tropa, provocando acidentes.
  • Independentemente do sexo e da castração, devem-se usar cavalos comprovadamente mansos e não assustadiços, com cinco anos de idade e dois de doma, no mínimo.
  • A doma deverá ter sido racional, aceitando-se o trabalho com rédeas abertas ou com comando indireto (rédeas no pescoço), preferindo-se o uso de freios leves.
  • Os cavalos deverão estar vacinados contra raiva e influenza, bem como livres de brucelose, pois são males que podem afetar os seres humanos, recomendando-se verificar se há infestação por carrapatos, indício de maus cuidados.
  • Deve-se verificar também o estado geral do animal, não se devendo aceitar que estejam excessivamente magros, feridos e, principalmente mancos.
  • No caso de charretes, não devem ser utilizadas com mais de dois passageiros e um condutor para cada animal de tração para segurança de animais e humanos. Deve-se incentivar os passageiros a descerem e caminharem ao lado do veículo, quando a inclinação exceder os 20%.
  • O turista deve-se certificar de que o acompanhante conhece os animais da tropa sob sua responsabilidade, tornando-se capazes de prever sua reação, minimizando o risco.
  • O acompanhante jamais deverá acreditar que o turista sabe montar, até que lhe comprove a habilidade. Mesmo assim, devem-se evitar abusos como galopes de quatro tempos, principalmente nas descidas, em que é difícil manter o controle do animal.
  • O acompanhante deverá ser hábil para a condução de animais, não devem ser aceitos improvisos ou substituições não planejadas.

  • Os arreios deverão estar em perfeito estado de conservação, devidamente oleados e, principalmente sem rachaduras no couro (boqueiras), ou desgaste excessivo.
  • Pessoas com estatura inferior a 1,45m deverão usar arreios para crianças, jamais improvisando loros ou estribos para compensar a falta de equipamento específico.
  • Os estribos deverão ser do tipo gaiola, em que o pé não consegue trespassá-lo, evitando que fique preso em caso de queda, para que o cavaleiro não seja arrastado pelo animal, dando-se preferência aos estribos desencaixáveis, para que, em caso de acidente, eles se destaquem dos loros.
  • Os freios são preferíveis aos bridões porque estes últimos requerem condução mais profissional, enquanto os primeiros requerem mãos mais leves dos cavaleiros.
  • Por mais manso que o cavalo seja, é recomendável que ele use um martingal, dispositivo que contém duas argolas por onde se passam as rédeas, sendo fixado na barrigueira pela extremidade oposta. Ele impede que o cavalo erga demasiadamente a cabeça, diminuindo o risco de disparar.
  • Também devem ser evitados itens que se destaquem do resto do material, como cabos de cabresto, por exemplo, indo enroscar-se nos locomotores do cavalo, podendo provocar acidentes. Assim, se a intenção for manter o cabresto no cavalo, deve-se retirar o cabo.
  • As barrigueiras deverão ser reajustadas com o cavaleiro já montado, garantindo-se que esteja suficiente firme, independentemente do peso da pessoa. Para certificar-se disso, o cavaleiro deverá soerguer-se nos estribos e balançar-se lateralmente. A cela não se deverá mover.
  • Os estribos deverão ser regulados com o cavaleiro apeado, medindo-se a altura correta que deve corresponder à distância do punho fechado à axila. Para medir corretamente, ponha seu punho na junção da sela com o loro e estique o estribo na direção de sua axila. Se houver folga, encurte o material, pois os pés, quando montado deverão ter as pontas ligeiramente elevadas e ligeiramente apontadas para fora, pois o calcanhar deve ser o ponto mais baixo do corpo do cavaleiro em relação ao chão.
  • Mantas, pelegos e outros acessórios que aumentem o conforto do cavalo ou do cavaleiro não deverão ser improvisados, muito menos estar sujos ou em mal estado. Verifique se eles cobrem perfeitamente a área a eles destinada, eliminando o atrito da sela com dorso do animal.
  • Finalmente, o conjunto deve ser agradável a cavalo e cavaleiro. Não monte sem se certificar que não está causando incômodo ao cavalo, caso contrário, além de feri-lo, poderá provocar reações inesperadas de susto ou de dor. Basta que, ao montar, o animal permaneça tranqüilo, dando a entender que o seu peso sobre o arreio não o incomodou.

Ninguém sabe montar até que se prove o contrário. Assim, antes de uma cavalgada, o condutor deverá certificar-se do grau de habilidade do turista, fazendo-o comandar o cavalo em ambiente fechado como um picadeiro ou um piquete, antes de partir para o exterior. Os itens abaixo deverão ser avaliados antes do início da atividade:

  • Posicionamento na sela, pedindo-se ao cavaleiro que esteja o mais ereto possível;
  • Capacidade de comandar com as rédeas, virando à direita, à esquerda e fazendo o animal estacar;
  • Comandos de perna para alterar a velocidade do cavalo, mostrando que, quanto mais se apertam às pernas ao redor do animal, mais ele corre, pois os iniciantes, ao se assustarem, tendem a usar as pernas como meio de se segurarem.
  • Devem-se evitar os galopes, mesmo que a paisagem o permita, pois não se sabe se o turista será capaz de parar o animal quando desejar.
  • O hotel deverá contar com tantos capacetes quantos cavalos em uso houver, variando seu tamanho conforme seu uso médio.
  • Não se pode deixar que ninguém monte sem capacete, mesmo os acompanhantes, por mais experientes que sejam.
  • O hotel deverá contar com polainas em três tamanhos, pequeno, médio e grande, oferecendo-os como equipamento obrigatório, a não ser que o hóspede conte com botas de montaria.
  • Não se deve permitir que o hóspede monte com qualquer parte de sua indumentária, como cachecóis ou fitas que sejam capazes de se enroscar em cercas, galhos de árvores e outros obstáculos.
  • Os hóspedes devem ser impedidos de montar de roupa de banho, shorts, biquínis ou bermudas que exponham demasiada área de pele, seja ao contato com o arreio, com o animal ou com possíveis obstáculos, a fim de evitarem-se cortes ou assaduras desnecessárias.
  • Crianças de até oito anos de idade devem ser conduzidas pelo cabresto, seja pelo acompanhante à pe ou montado, não se permitindo que o menor conduza por si só, não se devendo insistir com as crianças, caso esta demonstre medo excessivo.
  • Se os passeios a cavalo forem parte de uma programação, deve-se avisar os pais com antecedência, fornecendo-lhe um termo de compromisso contendo as condições do passeio.
  • Se possível, os acompanhantes deverão dividir os grupos por habilidade dos hóspedes, caso contrário, deverão limitar as atividades às condições dos de menor habilidade, desencentivando as exibições de habilidade por parte dos hóspedes mais experientes.
  • Deve-se coibir rigorosamente o estresse excessivo dos animais, não os levando jamais à exaustão, sendo o tempo máximo recomendado para os passeios de duas horas, com parada de trinta minutos para descanso.

 

Para verificar se uma empresa de turismo é registrada, consulte o site do Ministério do Turismo www.cadastur.turismo.gov.br

Maiores informações sobre as especificações técnicas da atividade:
Câmera Hipismo

Confederação Brasileira de Hipismo

Federação Paulista de Hipismo