Piscina – Diversão saudável e segura para sua criança

Nada mais divertido e refrescante do que brincar na água, principalmente em dias de verão! A criançada adora e a receita é fascinante: calor + férias + piscina = diversão garantida!

Vamos, então, conhecer um pouco dessa refrescante diversão?
A palavra piscina significa, em latim, viveiro de peixes, mas foi transformada pelo homem em uma fonte de entretenimento. Há algumas poucas décadas, era privilégio de grandes clubes e de famílias abastadas. Atualmente, quase todos os edifícios contam com uma piscina. Hotéis, mesmo os que não são de luxo, têm piscina e é equipamento indispensável em clubes. Muitas escolas possuem piscina e existem balneários públicos democraticamente abertos a todos.

A criançada adora uma boa bagunça na piscina. Isso converge para o interesse dos pais, dos educadores e dos médicos, uma vez que a natação desenvolve a sociabilidade, o espírito de equipe e esportivo, bem como a coordenação motora porque trabalha a sincronia dos movimentos dos membros superiores e inferiores. Práticas esportivas e de lazer desenvolvidas na piscina colaboram com o equilíbrio, a resistência anaeróbica (exercício que visa força, explosão e velocidade) e aeróbica (exercício de pouca intensidade e longa duração, oxigenando os músculos, cujo objetivo é resistência cardiovascular e muscular).

Mas o uso saudável da piscina exige cuidados básicos para garantir diversão sem contratempos. Devemos lembrar que a água não é o ambiente natural do homem e, portanto, todo cuidado é pouco!

Cuidados gerais

Falar em piscina é também pensar em bronzeado. Nas piscinas coletivas, como em clubes, prédios ou demais centros esportivos, é proibido usar protetores solares e bronzeadores. O motivo é que a oleosidade desses produtos impermeabiliza os filtros, que passam a operar fora dos padrões normais. Aos poucos, deixam de filtrar a água com eficiência, prejudicando o próprio banhista. Entretanto, a criança não pode ficar desprotegida. Você tem de administrar essa dualidade conflitante, retirando o filtro solar quando a criança entrar e repassando-o quando a criança sair da piscina.

Evite expor a criança ao sol das 10 da manhã às 3 da tarde. Nesse horário, os raios ultravioletas estão perpendiculares à Terra, ou seja, o caminho entre a atmosfera e a superfície terrestre é menor e os raios chegam mais agressivos, podendo causar lesões graves, especialmente na pele delicada dos “baixinhos”.

Uma boa ducha é importante para livrar o corpo e, conseqüentemente, a piscina, do suor e da poeira. Já o lava-pés tem a função de fazer a higiene dos pés com água clorada, eliminando fungos e bactérias causadores de micoses.

Cuidados também na alimentação. Evite dar à criança, antes de entrar na piscina, alimentos considerados “pesados”, como carne vermelha, por ser de difícil digestão e possuir muitas toxinas. Frutas, legumes e verduras são liberados, mas é bom aguardar, ao menos, uns 40 minutos. Prefira os alimentos crus, por serem leves e conservarem melhor as vitaminas. Mantenha a criança hidratada. Sucos naturais e água são os grandes indicados.

Dicas de utilização

  • Verifique sempre a profundidade da piscina e avalie se “dá pé” para seus filhos;
  • Em clubes, balneários, escolas, hotéis, etc., exija a presença de salva-vidas e, nas piscinas particulares, um adulto que saiba nadar bem deve estar presente e vigilante;
  • Nunca deixe crianças brincando na piscina sem um responsável por perto;
  • É importante providenciar que a criança aprenda a nadar, mas tenha consciência de que algumas aulas de natação ou o nado “cachorrinho” não asseguram que a criança possa ficar sozinha;
  • Não permita que corram perto da beira da piscina, empurrem outra pessoa ou brinquem de afundar dentro da água;
  • Faça com que a criança prenda os cabelos compridos em “coque” ou utilize touca. Não resolve prendê-los como “rabo de cavalo”. Há perigo de sucção pelo ralo ou pela saída de água de hidromassagem;
  • Crianças pequenas ou que não saibam nadar muito bem devem usar bóias salva-vidas adaptadas ao seu tamanho; evite bóias infantis tipo “pneus”, pois não garantem a permanência da criança à tona;
  • Não use garrafas ou recipientes de vidro no ambiente da piscina;
  • Nunca deixe a criança usar a piscina enquanto estiver em manutenção, especialmente em filtragem;
  • Trampolim: Só é adequado para piscinas com profundidade superior a 3,5 m, o mínimo necessário para amortecer o salto. Profundidade menor pode levar a acidentes sérios. Atente, ainda para os escorregadores e tobogãs. Devem ser fiscalizados pelos pais. É importante que apenas uma pessoa de cada vez utilize o brinquedo, pois ocorrem com freqüência acidentes quando uma criança, ou mesmo um adulto, cai sobre o outro, acertando-lhe, com os pés, a nuca ou os dentes;
  • Em tempestade, ninguém deve entrar na piscina: A água atrai raios;
  • para maior segurança às crianças, deve-se cercar e cobrir a piscina com redes de proteção.

O cuidado, vigilância e orientação dos pequeninos são itens de segurança necessários a qualquer atividade. Participe das brincadeiras com seus filhos! Além de protegê-los, vocês vão se divertir muito!

por Ieda Maria Andrade Lima
Voluntária da ONG Associação Férias Vivas.