Voo Livre

É o voo praticado com asas desprovidas de motor. Podemos identificar duas modalidades principais de voo livre:

ASA DELTA - uma estrutura rígida de tubos de alumínio que sustenta uma vela esticada por travessas e reforçada por fios de aço inoxidável. O piloto fica suspenso numa armação parecida com um casulo e controla a direção e velocidade com o peso do corpo. A velocidade em voo é em média de 65 km/h, mas pode chegar a 100 km/h.

PARAPENTE ou PARAGLIDER - uma estrutura feita em tecido especial que, uma vez inflada, forma uma asa e é capaz de voar como os planadores, asa-delta e pássaros, sendo capaz de permanecer voando longos períodos e percorrendo grandes distâncias. Possui performance que chega à velocidade de 60 km/h.

Equipamento de Segurança

Asa Delta

  • Asa específica para Voo Duplo, que em geral é maior e conta com cabeamento feito em cabos de aço mais reforçados para suportar a faixa de peso maior para a prática do Voo Duplo.

  • Mosquetões: Peça que conecta o piloto e o passageiro à asa. Hoje as exigências para Voo Duplo são no sentido de que os mosquetões sejam de aço e com trava, impedindo sua abertura acidental.

  • Hang Loop: faz a conexão do mosquetão com o cinto, é geralmente de material flexível (Fita de Kevlar), porém resistente.

  • Cinto ou Bullet: é o casulo em que o piloto e o passageiro estarão durante o voo. Geralmente é de cordura, como o Hang Loop.

  • Pára-quedas reserva: este é um equipamento de suma importância no Voo Livre, pois muitas vidas foram poupadas graças ao uso do reserva. Verifique sempre se o piloto tem o pára-quedas reserva, e qual a faixa de peso desse reserva. Faça um breve cálculo do seu peso mais o peso do piloto e mais uns 40 a 50 kg de equipamento, e veja se o reserva abrange essa faixa de peso.

Parapente

  • Vela ou Velame: é a parte em Nylon Rip Stop, que ao ser inflada forma um perfil aerodinâmico capaz de voar.

  • A selete é a cadeira onde o piloto e o passageiro estarão assentados e conectados ao velame,

  • Pára-quedas reserva: tão imorescindível como na asa delta, mas com a limitação, de mais uns 30 a 40 kg de equipamento (veja se o reserva abrange essa faixa de peso).

Acessórios

Como acessórios de voo temos o rádio de comunicação, altivariômetro – que fornece a razão de subida ou descida em voos em térmicas, GPS ou Bússola, Windmeter, luvas, macacão, capacete cujo uso é fundamental. Evite capacetes que possuam marcas ou rachaduras, que caracterizam uma manutenção precária do equipamento.

Use sempre um calçado confortável e que proteja seus pés, não se esqueça de que, para voar, você vai ter que correr um pouco e para isso prefira um tênis reforçado ou uma botinha que proteja o tornozelo.

Boa Prática 1

Jamais escolha seu produto ou serviço pelo preço! Equipamentos de qualidade exigem investimento e são sua garantia de segurança.

Boa Prática 2

Evite locais onde ninguém jamais voou. Prefira sempre voar em rampas homologadas, onde haja um Clube de Voo que se responsabilize por checar os equipamentos e pela sua segurança.

Boa Prática 3

Respeite sempre o limite de seu organismo! Atente-se para os sinais do seu corpo. Se tiver problemas para compensar os ouvidos, não insista. Descanse um pouco antes de uma nova tentativa.

ASA DELTA

  • Antes de se aventurar e sair se lançando no espaço infinito com alguém numa asa delta, a primeira coisa a verificar é se o piloto, que vai te levar próximo das nuvens por sobre montanhas e vales, tem habilitação para Voo Duplo e se a mesma não está vencida. Para cada tipo de voo existem procedimentos específicos e habilitações específicas.
  • Ano de fabricação da asa e laudos de possíveis revisões técnicas, tanto da asa como dos equipamentos a serem usados pelo piloto e pelo passageiro no voo, expedido pela ABVL caso a asa tenha mais de dois anos de fabricação. Um bom indicador do estado da asa é a situação dos cabos e o estado geral do tecido da asa. Verifique se não há indícios de desfiamento dos cabos, principalmente nas extremidades, e confira se o tecido da asa não contém algum rasgo ou marca de costura mal feita.
  • Ano de fabricação dos equipamentos. Vencida a vida útil do equipamento, a recomendação é para que sejam abandonados. As revisões são sempre feitas dentro do período de validade, visando dar maior segurança ao piloto e passageiro, e assegurando a longevidade do equipamento.
  • Verifique os indícios ou marcas de possíveis acidentes anteriores ao seu voo. Isso pode indicar inclusive a perícia do piloto que pretende te levar no voo. Verifique principalmente os engates das pernas e ventral do cinto, não aceite equipamentos com remendos ou consertos mal feitos, tais equipamentos exigem manutenção periódica e feita por pessoal especializado.

PARAPENTE

  • O Parapente ou Paraglider pode parecer muito mais prático que a Asa Delta, e de fato o é. Mas os cuidados devem ser redobrados no que diz respeito a verificações e cuidados antes de decolar num parapa (como é chamado no jargão dos voadores) e ganhar o espaço infinito. A primeira coisa a se verificar é a habilitação do piloto. Assim como na Asa Delta, deve estar escrito especificamente VOO DUPLO.
  • Muito cuidado ao verificar o velame, pois não deve ter marcas de remendos ou fitas adesivas. Vez por outra, as velas sofrem algum tipo de dano mas, para isso, existem empresas especializadas em manutenção de tais velas. Ainda no velame, temos as linhas, que são parte importante do conjunto pois, além de conectarem a vela, fazerem o ajuste de controle e velocidade do parapente. Verifique se as linhas estão em bom estado: um bom indício é observar se as linhas de uma mesma seção são da mesma cor. Dê uma olhada nos tirantes que conectam o velame na selete, pegue cada um deles, que geralmente são 4 de cada lado da selete, e veja se as linhas são da mesma cor, isso pode indicar o estado geral do parapente.
  • Verifique o estado geral da selete, procure por remendos ou marcas de manutenção, observe bem os mosquetões, assim como na Asa Delta, têm que ser de aço e com trava.
  • Os tirantes são parte importantíssima no parapente, pois a eles estão conectados o piloto e o passageiro. Verifique se não há indícios de ruptura.
  • Jamais se aventure com um piloto cujo equipamento esteja em mau estado de conservação. Verifique sempre a idade do equipamento. Se tiver mais de dois anos de fabricação, exija um laudo de revisão e evite voar em equipamentos com mais de 5 anos de fabricação.
  • Em linhas gerais, são estes os cuidados a se tomar antes de fazer um voo. Prefira sempre voar em rampas homologadas pelo DAC, onde haja um Clube de Voo que se responsabilize por checar os equipamentos e pela sua segurança. Evite locais onde ninguém jamais voou. Voe sempre com piloto habilitado. Nunca dispense o uso de equipamentos de segurança pessoal, e não se esqueça: o piloto é responsável pela sua segurança.

Códigos de conduta

Usuário
O usuário deverá ter condições de segurança durante a atividade e receber todas as instruções necessárias sobre procedimentos durante a decolagem, voo e pouso.
O praticante deve ser informado sobre os níveis de dificuldade do voo e suas fases, consultado se possui alguma experiência na atividade. Também deve ser perguntado ao praticante sobre sua condição física geral.
A qualquer momento, deve ser feita demonstração da utilização dos equipamentos e procedimentos de segurança.
Deve ser dada a oportunidade para que o praticante possa desistir do voo, caso tenha algum problema ou dificuldade (física e/ou psicológica).
Em situações em que essa oportunidade for inviável, o praticante deve ser informado da impossibilidade de se desistir no meio do percurso.
Piloto de voo duplo, asa delta e parapente
O piloto deve possuir habilitação para Voo Duplo. Além disso deve ter em seu equipamento:

  • Apito
  • Faca
  • Equipamento completo e homologado para Prática de Voo Duplo, seja Asa Delta ou Parapente
  • Cinto, Selete, Para quedas Reserva, dimensionados para a Prática do Voo Duplo

O voo

Os prestadores de serviço devem observar as seguintes condições para a prá- tica das atividades:

  • A rampa deve ter pontos adequados e preparados para montagem dos equipamentos e acomodação dos praticantes.
  • O nível de dificuldade do voo deve ser informado levando-se em consideração a época do ano, bem como as condições meteorológicas, o que pode ou não permitir a prática do Voo Livre, e o passageiro deve ser avisado dos riscos inerentes a essas condições.
  • O embarque e desembarque do praticante no equipamento de voo, será feito em Rampas de Voo Livre devidamente Homologadas pelos órgãos fiscalizadores do Voo Livre no país, construídas em locais de acordo com as legislações ambientais. O Pouso deve se dar em pouso oficiais igualmente regulamentados pelos órgãos competentes ou responsáveis de modo a provocar menor impacto ambiental.

Equipamento
Deverão ser fornecidos obrigatoriamente os seguintes equipamentos:

  • Capacetes, respeitados seus prazos de validade e com resistência adequada a impactos
  • Luvas, calçados adequados, que deverão ser de propriedade dos passageiros
  • Todo o equipamento de proteção individual deve estar em bom estado, e limpo. Uma verificação sistemática e regular deve ser feita em todo o equipamento, inclusive dos Pilotos.

Supervisão e operação da atividade

  • Os pasageiros deverão sempre estar amparados por um piloto habilitado, e comprovadamente conhecedor da atividade.
  • Um supervisor ou coordenador da operação, também habilitado para tal, maior de 18 anos, deve sempre estar presente.
  • O condutor deve ser competente para identificar as limitações do praticante e limitar sua participação quando necessário, expondo claramente os motivos para o mesmo, respeitando sua privacidade perante aos demais.
  • Todos os usuários devem ser considerados iniciantes e inexperientes, até se provar o contrário.
  • O coordenador / monitor deve ter conhecimento detalhado da operação, pontos críticos e suas saídas de emergência.
  • A equipe de operação deve obrigatoriamente ter conhecimentos de atendimento emergencial e primeiros socorros.
  • O prestador de serviço deve ter um plano para atendimentos de emergência (preparado previamente), constando de procedimentos de primeiros socorros, métodos de retirada e transporte da vítima e local de destino (caso o local não possua um centro médico adequado).
  • Todos os condutores, coordenadores e supervisores (integrantes da equipe de operação) devem estar familiarizados com os procedimentos de operação, atendimentos, emergência e identificação de problemas e riscos no circuito. Obrigatoriamente devem ter treinamento específico do circuito.

Princípios de primeiros socorros

• Invista em prevenção: tenha material de boa qualidade, faça cursos de primeiros socorros e exija que os guias e monitores tenham noções de atendimento emergencial.
• Em caso de acidente, sinalize o local e procure torná-lo seguro. Não se torne mais uma vítima.
• Não mexa no acidentado, a menos que você tenha o conhecimento necessário.
• Chame ajuda, acionando o Corpo de Bombeiros (193) ou o serviço de emergência da Secretaria de Saúde do Município (192).

Para verificar se uma empresa de turismo é registrada, consulte o site do Ministério do Turismo www.cadastur.turismo.gov.br